«A informação é uma guerra, uma guerra entre modelos sociais. Entre os defensores de um mundo desigual, injusto, governado por depravados e autênticos terroristas que impõem a sangue e fogo um modelo económico que condena à morte milhares de pessoas em todo o mundo, e aqueles que decidem estar ao serviço dos grupos, movimentos, intelectuais e outros lutadores, que todos os dias arriscam a vida a defender outro modelo de mundo possível.»
Pascual Serrano - José Daniel Fierro

REFORMAS E BAIXAS MÉDICAS EM PORTUGAL - escândalos!

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COMER E CALAR! - até quando?


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segunda-feira, dezembro 31, 2007

Hector Zazou & Björk

é bom viver aqui

sexta-feira, dezembro 28, 2007

A ALEGRIA DE VIVER - Krishnamurti

"Já alguma vez cogitastes no porquê de muitas pessoas, ao se tornarem mais velhas, parecem perder toda a alegria de viver? No momento, a maioria de vós, que sois jovens, é relativamente feliz; tendes vossos pequenos problemas, vossas preocupações sobre os exames, mas, apesar dessas perturbações, há, em vossa vida, uma verdade? Há uma espontânea e natural aceitação da vida, uma visão das coisas despreocupada e feliz.

Mas, por que razão, ao nos tornarmos mais velhos, parecemos perder aquele ditoso pressentimento de algo transcendental, algo de mais significativo? Por que tantos de nós, ao alcançarmos a chamada maturidade, nos tornamos embotados, insensíveis à alegria, à beleza, ao céu sereno e às maravilhas da terra?

Quando urna pessoa faz a si própria esta pergunta, muitas explicações acodem-lhe ao espírito. Ternos muito interesse em nós mesmos - esta é unia delas. Lutamos para nos tornarmos alguém, para alcançarmos e conservarmos uma certa posição; temos filhos e outras responsabilidades, e ternos de ganhar dinheiro. Todas essas coisas que se agitam em nosso interior não tardam a deprimir-nos, e perdemos assim a alegria de viver. Vede os rostos dos mais velhos, de vosso círculo de conhecimentos, tristes que são, em maioria, e gastos, adoentados, reservados, alheados, não raro neuróticos, sem um sorriso. Não perguntais a vós mesmos por que são assim? E mesmo quando indagamos o porquê disso, a maioria de nós parece satisfazer-se com meras explicações.

Ontem de tarde vi um barco que subia o rio, de velas pandas, impelido pelo vento oeste. Era um barco grande e transportava pesada carga de lenha destinada à cidade. O sol se punha e a embarcação, desenhada contra o céu, mostrava singular beleza. O barqueiro só tinha de guiá-la; nenhum esforço era necessário, pois o vento fazia todo o trabalho. Analogamente, se cada um de nós compreendesse o problema da luta e do conflito, penso que poderíamos viver sem esforço, felizes, de rosto sorridente.

Para mim, é o esforço que nos destrói, esse lutar em que despendemos quase todos os momentos de nossa vida, Se observardes, ao redor de vós, as pessoas mais velhas, podereis ver que para quase todos a vida é uma série de batalhas consigo mesmos, com suas mulheres ou maridos, com seu próximo, com a sociedade; e essa luta incessante dissipa energia. O homem que vive alegre, verdadeiramente feliz, está livre de todo esforço. Viver sem esforço não significa tornar-se estagnado, embotado, estúpido; ao contrário, só os homens sensatos, altamente inteligentes, estão verdadeiramente livres do esforço e da luta.

Mas, quando ouvimos falar em viver sem esforço, queremos viver assim, desejamos alcançar um estado em que não haja luta nem conflito; tornamo-lo, pois, esse estado, nosso alvo, nosso ideal, e por ele lutamos; e desde esse momento perdemos a alegria de viver. Estamos de novo empenhados em esforço, luta. O objeto da luta varia, mas toda luta é essencialmente a mesma. Um luta pela promoção de reformas sociais, ou para achar Deus, ou para criar melhores relações no lar ou com o próximo; outro senta-se à margem do Ganges ou se prostra devotamente aos pés de um guru - etc. etc. Tudo isso representa esforço, luta. O importante, por conseguinte, não é o objeto da luta, porém, sim, compreender a própria luta.

Ora, é possível a mente não apenas perceber ocasionalmente que não está a lutar, porém estar a todas as horas completamente livre de esforço, de modo que possa descobrir um estado de alegria em que não haja nenhuma idéia de superioridade e inferioridade?

O caso é que a mente se sente inferior e por esta razão luta para "vir a ser" alguma coisa, ou conciliar seus vários desejos contraditórios. Mas, não estejamos a dar explicações sobre por que a mente tanto luta. Todo homem que pensa sabe por que há luta, interior e exteriormente. Nossa inveja, avidez, ambição, nosso espírito de competição, que nos impele à mais impiedosa eficiência - são obviamente estes os fatores que nos fazem lutar, no mundo atual ou no mundo do futuro. Por tanto, não temos necessidade de estudar livros de psicologia para sabermos por que lutamos; e o que certamente, tem importância é que descubramos se a mente pode ficar totalmente livre de luta.

Afinal de contas, quando lutamos, o conflito é entre o que somos e o que deveríamos ou desejamos ser. Pois bem; sem se procurarem explicações, pode-se compreender todo esse processo de luta, de modo que ele termine? Como aquele barco levado pelo vento, pode a mente existir sem luta? A questão é esta, sem dúvida, é não como alcançar um estado em que não haja luta. O próprio esforço para alcançar tal estado é, em si, um processo de luta e, por conseguinte, aquele estado nunca pode ser alcançado. Mas, se observardes, momento por momento, como a mente se deixa colher nesse torvelinho de incessante luta - se observardes simplesmente o fato, sem tentar alterá-lo, sem impor à mente um certo estado que chamais "de paz" - vereis que, espontaneamente, a mente deixará de lutar; e nesse estado ela é capaz de aprender infinitamente. Aprender já não é, então, mero processo de acumular conhecimentos, porém de descobrimento de extraordinárias riquezas existentes além do alcance da mente; e para a mente que faz tal descobrimento, há grande alegria.

Observai a vós mesmo, para verdes como lutais da manhã à noite, e como vossa energia se dissipa nessa luta. Se tratardes apenas de explicar por que lutais, ficareis perdido numa floresta de explicações e a luta prosseguirá; mas se, ao contrário, observardes vossa mente, com serenidade e sem dardes explicações; se deixardes simplesmente que vossa mente esteja cônscia de sua própria luta, vereis que muito depressa surgirá um estado no qual nenhuma luta haverá, um estado de extraordinária vigilância. Nessa vigilância, não há idéia de "superior" e "inferior", não há homem importante nem homem insignificante, não há guru. Todos esses absurdos desapareceram, por que a mente está inteiramente desperta; e a mente de todo desperta está cheia de alegria...

...Afinal de contas, que é "contentamento" e o que é "descontentamento"? "Descontentamento" é a luta pela consecução de mais, e o "contentamento" a cessação dessa luta; mas, não se chega ao contentamento, se se não compreende todo o "processo" relativo ao mais, e por que razão a mente o exige.

Se sois mal sucedido num exame, por exemplo, tereis de repeti-lo, não é verdade? Os exames, em qualquer circunstância, são uma coisa sumamente deplorável, porquanto nada representam de significativo, já que não revelaria o verdadeiro valor de vossa inteligência. Passar num exame é, em grande parte, um "golpe" de memória ou, também, de sorte; mas, vós lutais para passardes em vossos exames e, quando sois mal sucedidos, perseverais nessa luta. O mesmo "processo" se verifica diariamente, na vida da maioria de nós. Estamos lutando por alguma coisa e nunca nos detivemos para investigar se essa coisa é digna de lutarmos por ela. Nunca perguntamos a nós mesmos se ela merece nossos esforços e, portanto, ainda não descobrimos que não os merece e que devemos contrariar a opinião de nossos pais, da sociedade, de todos os mestres e gurus. É só quando temos compreendido inteiramente o significado do mais, que deixamos de pensar em termos de fracasso e de êxito.

Temos sempre medo de falhar, de cometer erros, não só nos exames, mas também na vida. Cometer um erro é coisa terrível, porque seremos criticados, censurados, por causa dele. Mas, afinal, por que não se devem cometer erros? Toda gente, neste mundo, não vive cometendo erros? E o mundo sairia da horrível confusão em que se encontra, se vós e eu nunca cometêssemos um erro? Se tendes medo de cometer erros, nunca aprendereis coisa alguma. Os mais velhos estão continuamente cometendo erros, mas não querem que vós os cometais e, com isso vos sufocam toda a iniciativa. Por quê? Porque temem que, pelo observar e investigar todas as coisas, pelo experimentar e errar, acabeis descobrindo algo por vós mesmo e trateis de emancipar-vos da autoridade de vossos pais, da sociedade, da tradição. É por essa razão que vos acenam com o ideal do êxito; e o êxito, como deveis ter notado, sempre se traduz em termos de respeitabilidade. O próprio santo, em seus progressos para a chamada perfeição espiritual, tem de tornar-se respeitável, porque, do contrário, não encontrará "aceitação", não terá seguidores.

Estamos, pois, sempre pensando em termos de êxito, em termos de mais; e o mais é encarecido pela sociedade respeitável. Por outras palavras, a sociedade estabeleceu, com todo o esmero, um certo padrão, pelo qual mede o vosso sucesso ou o vosso insucesso. Mas, se amais uma coisa e a fazeis com todo o vosso ser, então já não vos importa o êxito nem o fracasso. Nenhum homem inteligente se importa com isso. Mas, infelizmente, são raros os homens inteligentes, e ninguém vos aponta essas coisas. Tudo o que importa ao homem inteligente é perceber os fatos e compreender o problema - e isso não significa pensar em termos de êxito ou de fracasso. Só quando não amamos o que fazemos, pensamos nesses termos."

Krishnamurti

Sugestão de leitura : Krishnamurti

Krishnamurti






quarta-feira, dezembro 26, 2007

a ressaca

e o (re) sentimento de ...

The hangover and the guilt feeling ... after Christmas




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domingo, dezembro 23, 2007

FANTASTIC MUSIC MACHINE




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terça-feira, dezembro 18, 2007

Barbatuques - outra música

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Brian Eno - By This River

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segunda-feira, dezembro 17, 2007

Portugal The Man





http://www.myspace.com/portugaltheman

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domingo, dezembro 16, 2007

RUAS

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sexta-feira, dezembro 14, 2007

SER PORTUGUÊS

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segunda-feira, dezembro 10, 2007

Declaração Universal dos Direitos do Homem


Declaração Universal dos Direitos do Homem
Proclamada pela Assembleia Geral da ONU a 10 de Dezembro de 1948

Preâmbulo:
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo; (...) (ver continuação aqui)

Faz hoje, portanto, 59 anos que foi proclamada aquela importante Declaração.
Lamentavelmente ainda subsistem por todo o mundo vergonhosos exemplos de atropelos à dignidade humana. No nosso país, de forma descarada, parece renascer o espírito de um passado digno da nossa repulsa em relação a essa matéria. E não só tendo como alvo pessoas adultas. Também as crianças sofrem o resultado desses atropelos resultantes de governações impenitentes e da má preparação de pais e professores. Entre estes últimos, que é suposto terem melhor preparação para as educar, conhecem-se casos de agressões físicas noticiados pelos média, e até, ultimamente, uma narração despudorada e talvez tendenciosa, feita pela própria agressora, num post de um blogue que lhe pertence, datado de 7 do corrente mês, o qual mereceu mais de noventa por cento de comentários favoráveis.
Para esta agressora e seus apoiantes não conta a existência de qualquer tipo de Declaração em defesa do Homem nem respeito, pelo menos, pelo artº 10º dos Direitos da Criança... é o olho por olho, dente por dente, mesmo que suas vítimas sejam seres indefesos.

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sexta-feira, dezembro 07, 2007

guitarra portuguesa - portuguese guitar


"A guitarra Portuguese é um instrumento de 12 cordas com cursos dobrados (pares da corda) e um corpo pequeno, similar no tom ao bandolim ou ao bouzouki grego. Seu som penetrante é defendido por Carlos Paredes, um executante sensível, mesmo tímido, que estabelece harmonia entre a tradição e a invenção espontânea. A sua abordagem original foi comparada ao frescor de Ornette Coleman, pelo contrabaixista Charlie Haden, e não obstante isso foi considerado um herói cultural menor em Portugal." ~ Myles Boisen, in "All Music Guide"

"The Portuguese guitar is a 12-string instrument with double courses (string pairs) and a small body, similar in tone to the mandolin or Greek bouzouki. Its penetrating sound is championed by Carlos Paredes, a sensitive, even shy performer who balances tradition and spontaneous invention. His original approach was likened to the freshness of Ornette Coleman by bassist Charlie Haden, who is himself condisidered, inexplicably, a minor cultural hero in Portugal. - Myles Boisen, in: "All Music Guide"

La guitarra portuguésa es un instrumento de 12 secuencias con cursos dobles (pares de la secuencia) y un cuerpo pequeño, similar en tono al mandolin o al bouzouki griego. Su sonido penetrante es defendido por Carlos Paredes, ejecutante sensible, incluso tímido que mescla la tradición y la invención espontánea. Su acercamiento original fue comparado a la frescura de Ornette Coleman por el contrabajista Charlie Haden, y fué considerado, inexplicablemente, un héroe cultural de menor importancia en Portugal." - Myles Boisen, in "All Music Guide"

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sábado, dezembro 01, 2007

two types of music: the same good taste

Fausto: Todo este céu

Fausto: Olha o Fado




Umpletrue: NY


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