«A informação é uma guerra, uma guerra entre modelos sociais. Entre os defensores de um mundo desigual, injusto, governado por depravados e autênticos terroristas que impõem a sangue e fogo um modelo económico que condena à morte milhares de pessoas em todo o mundo, e aqueles que decidem estar ao serviço dos grupos, movimentos, intelectuais e outros lutadores, que todos os dias arriscam a vida a defender outro modelo de mundo possível.»
Pascual Serrano - José Daniel Fierro

REFORMAS E BAIXAS MÉDICAS EM PORTUGAL - escândalos!

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COMER E CALAR! - até quando?


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terça-feira, outubro 31, 2006

Os nossos excluídos














"Olhamos para eles e sentimo-nos incomodados.
Incomodados e impotentes.
Podemos aliviar a consciência com uma moeda.
Ou com comida.
Ficamos aliviados mas não curados.
Há qualquer coisa que continua a roer por dentro.
A culpa não é nossa. Individualmente.

Se calhar nem deles. Individualmente.
É bom que nos sintamos incomodados.
Será ainda melhor que façamos alguma coisa.
Alguma coisa significativa.
Alguma coisa que os alivie.
E tambem alguma coisa que evite o aparecimento de outros como eles (eventualmente nós próprios)."

do site:
http://semabrigo.no.sapo.pt/

sábado, outubro 28, 2006

Murcof, Truffaz, Singh em Montreux

sexta-feira, outubro 27, 2006

Os Púzios


Fui a S.Pedro,
apanhar mexilhões.

Veio
uma onda
e molhou-me...
até aos
c...alções!

Fugi
para a areia
e apanhei uns búzios.
Depois, abalei
para casa e...
zumba!
Em cima da mesa os
púzios!

Tó d'Álice Barbuda (poeta encartado)

quinta-feira, outubro 26, 2006

os bolsos de DENTISTAS PORTUGUESES

Preços mínimos praticados pelos dentistas portugueses comparativamente com preços praticados noutros países (colhido do C.M. de 14.3.2006).

Custo (em euros) de um IMPLANTE DENTÁRIO em:

PORTUGAL= 750,00 (SETECENTOS E CINQUENTA EUROS) *
ESTADOS UNIDOS= 75,00 (SETENTA E CINCO EUROS)


REINO UNIDO= 75,00 (SETENTA E CINCO EUROS)


GUATEMALA= 50,00 (CINQUENTA EUROS)


FRANÇA= 30,00 (TRINTA EUROS)


ÍNDIA= 25,00 (VINTE E CINCO EUROS)


MÉXICO= 20,00 (VINTE EUROS)



Vivemos num país onde coexistem dois tipos de pessoas: Os que se governam como se vivessem num pequeno oásis, e os que se deixam governar, passivamente, por viverem num enorme país em vias de desenvolvimento reivindicativo... dada a falta de um poder político ou sindical, que defenda também, nesta área, os mais desfavorecidos.

A C.G.T.P. e U.G.T. organizam gréves contra o patronato - algumas delas mais para fidelizar os seus simpatizantes e associados, do que para defenderem os interesses dos trabalhadores - mas não vejo nenhum levantamento popular, exclusivamente organizado por aquelas forças, contra os preços escandalosos praticados por certas profissões liberais deste País, nos seus consultórios ou escritórios...

Se os ordenados são baixos e por isso se luta contra os interesses dos patrões, porque não lutar-se também contra os que a coberto das leis do Estado, cobram emolumentos insuportáveis para a maioria dos bolsos dos portugueses?



* Artigo 81.º, n.º 1, alínea a) do Tratado CE: "são incompatíveis com o mercado comum e proibidas todas as decisões de associação de empresas que sejam susceptíveis de afectar o comércio entre os Estados-Membros e que tenham por objectivo ou efeito impedir, restringir ou falsear a concorrência no mercado comum, nomeadamente aquelas que consistem em fixar de forma directa ou indirecta os preços de compra ou de venda, ou quaisquer outras condições de transacção." Artigo 81.º, n.º 1, alínea a) do Tratado CE: "são incompatíveis com o mercado comum e proibidas todas as decisões de associação de empresas que sejam susceptíveis de afectar o comércio entre os Estados-Membros e que tenham por objectivo ou efeito impedir, restringir ou falsear a concorrência no mercado comum, nomeadamente aquelas que consistem em fixar de forma directa ou indirecta os preços de compra ou de venda, ou quaisquer outras condições de transacção."


segunda-feira, outubro 23, 2006

Cruzamento Av.Vidreiro - R.Diogo Stephens


Foto que encabeçava o "press release" camarário, para a comunicação social estrangeira, onde se vêem os trabalhos destinados a criar um buraco para esconder a àrvore que impediu a concretização do primeiro "projecto" referente às escadinhas e rampa para cidadãos com mobilidade reduzida, situada entre a Avenida do Vidreiro e a Rua Diogo Stephens de uma cidade cujo nome não me vem à memória....

Soube-se, posteriormente (decorridos mais de cinco meses da data desse "press release"), que os engenheiros camarários desistiram de fazer desaparecer a dita àrvore, alegando que, com as preocupações de maior eficiência no trabalho, e bem estar da população, se esqueceram de que, com isso, poderiam estar a perpretar um pequeno crime ecológico.

Por constar,é justo realçar que apesar do tempo gasto, debalde, no planeamento para fazer desaparecer a referida àrvore, a obra não vai sofrer derrapagem orçamental, nem qualquer atrazo na entrega da dita cuja, para uso da população...

sábado, outubro 21, 2006

BOM FIM DE SEMANA!

OUÇA, RELEMBRE E DIVIRTA-SE



do interessantíssimo blog:
http://rubicat.no.sapo.pt/Nacionais_1.html

quarta-feira, outubro 18, 2006

A Corrida das Rãs (Fábula)


Certo dia, em terra distante, organizou-se uma corrida de rãs.
A meta era o cimo de uma torre.

Muitas acorreram para ver a anunciada prova e fizeram-se apostas.

Pouco faltava para se dar início à corrida.

Grande parte da assistência não acreditava que alguma das rãs inscritas pudesse chegar ao cimo da torre.

Ouvia-se: " É impossível !!! Nunca conseguirão !!! "

Perante tão maus estímulos as rãs corredoras, resignadamente, resolveram nem sequer iniciar a prova.

Salvo uma. Uma que, obstinadamente, prosseguia a escalada.

E, rãs incrédulas, continuavam: "É impossível!!! É impossível !!! Vais morrer !!!"

Depois de enorme esforço, a solitária atleta chegou ao fim.

Então, todas as rãs, se renderam ao feito da vencedora.

Depois quizeram saber como ela tinha conseguido tal façanha.

Acercaram-se dela e perguntaram-lhe qual era o segredo.

Por mais que gritassem, a rã vencedora não respondia.

Apenas dizia: "O quê !!!" "O quê !!!"

ERA SURDA.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Os umbigos à mostra




Começo por dizer que não me choca ver, na rua, nem os umbigos nem as raias das túrgidas nádegas de belos corpos femininos...

"O que é bonito é para se ver", como acertadamente diz o povãoii...

Confesso, no entanto, não gostar de ver em exposição pública, deliberadamente, coisas inestéticas. Sejam elas quais forem. Nomeadamente: umbigos mal atados sobre dilatados ventres; divisórias de flácidas "aberturas terminais"; Estrias e "pneus" em corpos a quem os deuses não favoreceram em beleza exterior; etc.

É aqui que dou razão ao "jovem" e conceituado cineasta europeu, Manoel de Oliveira. A quem foi atribuído o seguinte comentário, a propósito da moda da exposição e utilização do corpo:

"Hoje há muitas coisas erradas. As mulheres andam com o umbigo à mostra e tatuam a pele, isto é desrespeito pelo ser humano, pela sua natureza."

E eu, se estivesse ao seu lado, acrescentaria: "Não devíamos, em certos casos, ser agredidos com tanta falta de bom senso e bom gosto".

Mas que fazer? -São as leis da evolução. Ou involução, caso se prefira aceitar que se está a caminho dos hábitos primordiais do homem pré-histórico, ou a "macaquear" usos e costumes de países em vias de desenvolvimento, a que o clima e a pobreza dão suporte.

E contra essas leis nada há a fazer, a não ser que se deixem amadurecer as contradições. Eu sou pela evolução.

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!", mas nem sempre no melhor sentido.

Admito como pessoa deste tempo, que dentro de alguns anos, seguindo as leis da involução, irmãs, esposas, mães, filhas e netas (que pela ordem natural das coisas já não vão ser as nossas), passarão a andar na rua com a maior das naturalidades, tal e qual como a mulher de que AQUI se dá notícia...

Acreditando no aparecimento da futura moda acima publicitada, estou convicto de que entre nós, velhos e novos de hoje (se por milagre vivessemos o suficiente) apareceriam, nesses vindouros tempos, muito poucas divergências sobre o assunto... infelizmente para gozo dos jovens de então...

Penso assim que, a nenhum dos grupos actuais, prós ou contras (como Manoel de Oliveira), é legítimo apelidar de retrógrado e ou falho de amor à liberdade.

Lembremo-nos de que até aos anos 60, em Portugal, era indecoroso um casal beijar-se na via pública. Hoje, todas as gerações, incluídas as que viveram esses tempos, acharão ridiculo tal reparo.

O "mundo é composto de mudanças" como o comprova, neste contexto, o que precede, mas para mim, e apesar do que aqui debitei, preferiria outras mudanças:

Aquelas que enriquecem interiormente cada ser humano e que nos ajudam a ter bom gosto e bom senso.

Provérbio indú.

Não é mais feliz quem mais tem, mas sim quem menos necessita.


sábado, outubro 14, 2006

Para se lembrarem mais tarde...

quarta-feira, outubro 11, 2006

Jackson Pollock

Pegue, AQUI, no pincel e
pinte como J.Pollock! ...



domingo, outubro 08, 2006

O POEMA


No teu poema
existe um verso em branco e sem medida,
um corpo que respira, um céu aberto,
janela debruçada para a vida.
No teu poema existe a dor calada lá no fundo,
o passo da coragem em casa escura
e, aberta, uma varanda para o mundo.
Existe a noite,
o riso e a voz refeita à luz do dia,
a festa da Senhora da Agonia
e o cansaço
do corpo que adormece em cama fria.
Existe um rio,
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe o grito e o eco da metralha,
a dor que sei de cor mas não recito
e os sonhos inquietos de quem falha.
No teu poema
existe um cantochão alentejano,
a rua e o pregão de uma varina
e um barco assoprado a todo o pano.
Existe um rio
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe a esperança acesa atrás do muro,
existe tudo o mais que ainda escapa
e um verso em branco à espera de futuro.

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Poema e pintura do arqto. e artista leiriense
José Luís Tinoco

quarta-feira, outubro 04, 2006

"Balancê" - Sara Tavares