«A informação é uma guerra, uma guerra entre modelos sociais. Entre os defensores de um mundo desigual, injusto, governado por depravados e autênticos terroristas que impõem a sangue e fogo um modelo económico que condena à morte milhares de pessoas em todo o mundo, e aqueles que decidem estar ao serviço dos grupos, movimentos, intelectuais e outros lutadores, que todos os dias arriscam a vida a defender outro modelo de mundo possível.»
Pascual Serrano - José Daniel Fierro

REFORMAS E BAIXAS MÉDICAS EM PORTUGAL - escândalos!

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COMER E CALAR! - até quando?


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segunda-feira, outubro 16, 2006

Os umbigos à mostra




Começo por dizer que não me choca ver, na rua, nem os umbigos nem as raias das túrgidas nádegas de belos corpos femininos...

"O que é bonito é para se ver", como acertadamente diz o povãoii...

Confesso, no entanto, não gostar de ver em exposição pública, deliberadamente, coisas inestéticas. Sejam elas quais forem. Nomeadamente: umbigos mal atados sobre dilatados ventres; divisórias de flácidas "aberturas terminais"; Estrias e "pneus" em corpos a quem os deuses não favoreceram em beleza exterior; etc.

É aqui que dou razão ao "jovem" e conceituado cineasta europeu, Manoel de Oliveira. A quem foi atribuído o seguinte comentário, a propósito da moda da exposição e utilização do corpo:

"Hoje há muitas coisas erradas. As mulheres andam com o umbigo à mostra e tatuam a pele, isto é desrespeito pelo ser humano, pela sua natureza."

E eu, se estivesse ao seu lado, acrescentaria: "Não devíamos, em certos casos, ser agredidos com tanta falta de bom senso e bom gosto".

Mas que fazer? -São as leis da evolução. Ou involução, caso se prefira aceitar que se está a caminho dos hábitos primordiais do homem pré-histórico, ou a "macaquear" usos e costumes de países em vias de desenvolvimento, a que o clima e a pobreza dão suporte.

E contra essas leis nada há a fazer, a não ser que se deixem amadurecer as contradições. Eu sou pela evolução.

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!", mas nem sempre no melhor sentido.

Admito como pessoa deste tempo, que dentro de alguns anos, seguindo as leis da involução, irmãs, esposas, mães, filhas e netas (que pela ordem natural das coisas já não vão ser as nossas), passarão a andar na rua com a maior das naturalidades, tal e qual como a mulher de que AQUI se dá notícia...

Acreditando no aparecimento da futura moda acima publicitada, estou convicto de que entre nós, velhos e novos de hoje (se por milagre vivessemos o suficiente) apareceriam, nesses vindouros tempos, muito poucas divergências sobre o assunto... infelizmente para gozo dos jovens de então...

Penso assim que, a nenhum dos grupos actuais, prós ou contras (como Manoel de Oliveira), é legítimo apelidar de retrógrado e ou falho de amor à liberdade.

Lembremo-nos de que até aos anos 60, em Portugal, era indecoroso um casal beijar-se na via pública. Hoje, todas as gerações, incluídas as que viveram esses tempos, acharão ridiculo tal reparo.

O "mundo é composto de mudanças" como o comprova, neste contexto, o que precede, mas para mim, e apesar do que aqui debitei, preferiria outras mudanças:

Aquelas que enriquecem interiormente cada ser humano e que nos ajudam a ter bom gosto e bom senso.

4 Comments:

At quinta-feira, outubro 19, 2006 10:52:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Não quero parecer (nem ser) bota de elástico mas parece que por este andar a mulher está-se a tornar cada vez mais objecto de culto narcisista, do que pessoa.

 
At sexta-feira, outubro 20, 2006 10:35:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

oh zé farra: espero bem que não tenhas querido baixar o nível desta conversa.
mulheres ao poder, está bem.

 
At sábado, outubro 21, 2006 1:08:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

se querem ver como quem manda são as mulheres, vão ao parque novo da cidade da Marinha Grande e vejam-nas a comandar as operações, mesmo as mais perigosas: incitando os parceiros a passarem uns momentos na guarita de madeira (da ponte de corda)... destinada, afinal, para a diversão das criancinhas...

 
At sábado, novembro 11, 2006 12:44:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Tudo é possível, só que me custa a acreditar que dentro de 20 anos as mulheres andem como a que tu mostrate no "AQUI".
Vão andar muito melhor: nuínhas, porque nessa altura já não temos a estação de Inverno...

 

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