«A informação é uma guerra, uma guerra entre modelos sociais. Entre os defensores de um mundo desigual, injusto, governado por depravados e autênticos terroristas que impõem a sangue e fogo um modelo económico que condena à morte milhares de pessoas em todo o mundo, e aqueles que decidem estar ao serviço dos grupos, movimentos, intelectuais e outros lutadores, que todos os dias arriscam a vida a defender outro modelo de mundo possível.»
Pascual Serrano - José Daniel Fierro

REFORMAS E BAIXAS MÉDICAS EM PORTUGAL - escândalos!

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COMER E CALAR! - até quando?


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terça-feira, março 21, 2006

PORTUGAL (O Buraco)










Segunda-feira.

Começo da tarde.
Chuviscos.
Por detrás da vidraça, observo estacionamento invulgar.
Da viatura - impedindo a circulação na rua transversal - saiu primeiro o mais velho, de pá em punho.
Depois saiu o segundo.
Eram três.
Os dois primeiros, de colete reflector vestido, encheram as pás de gravilha negra.
Tentaram a travessia, mas pararam de repente.
A hora era de movimento e as derrapagens foram o aviso.

Surgiu o terceiro homem, o motorista, esbracejando.

D
os "ligeiros", que pararam, adivinhei sinais de impaciência.
A viatura do Município (caixa aberta) e os homens das pás, eram o alvo.
Atravessaram, os três.

A missão estava a revelar-se espinhosa.
Mas não só pelo risco iminente de atropelamentos:

O buraco no "tuvenan" (?) na outra margem da via, devia requerer solução sofisticada...
Porque, material e homens, qual promessa, tinham mesmo de atravessar a rua, sob pena do serviço ficar imperfeito!

Conferenciaram os três.
As pás baixaram e voltaram vazias de regresso ao veículo de caixa aberta, após cuidadoso atravessar.

Quinze minutos depois voltei à janela.
O "caixa aberta" já ía lá ao fundo.
Os chuviscos tinham parado.

Curiosa, fui ver o "tapado".
não tinha mais que 40 cm2 e...
...se não fosse a sua corcunda (lombazinha, ou cereja no topo do bolo!), o serviço nunca poderia tornar-se, como se tornou, em autêntica obra de arte.
Como insuspeitadamente vi e olhei.

Depois pensei: "com trabalho assim planificado, por gente preparada, e três especialistas daquele gabarito, não era de esperar outra coisa!"

Algures, 21.03.2006

'Szdéfa fava
(engª.de obras feitas)


2 Comments:

At sexta-feira, março 24, 2006 2:54:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Não foram quinze minutos, que isso não é unidade de tempo para funcionários públicos...
Foi pelo menos meia hora, isto sem contar o intervalo para a "buxa" e o copo de tinto que se aproximou da meia hora...
ou seja o tempo total aproximou-se da hora completa... como o veiculo só pode ser requesitado por periodos completos os pobres dos "técnicos" tiveram de aguardar mais três quartos de hora para regressar ao estaleiro, perfazendo duas horas completas de trabalho!
Conclusão: Demorou mais o trabalho a ser efectuado que a "obra em si!"

 
At sexta-feira, março 24, 2006 6:41:00 da tarde, Blogger zé lérias (?) said...

Bem visto, caro anónimo!
O quarto de hora, do texto, começou a contar depois de eu os ter "deixado".
Não cronometrei o tempo desde o início...mas fez bem em chamar-me a atenção.
Cumprimentos e até sempre,

'Szdéfa fava

 

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