O COMBO-HITO (fim)
(...) Mas, depois, um dia... o Combo-Hito (...) descobriu que tinham caído noutro logro.
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O rei contratara homens para escrever os livros e pagava a professores para ensinar os jovens. Os livros e as aulas , os jornalistas, a rádio e a televisão eram preparados de forma a levar os combo-hitos a pensar e a agir de determinada maneira, sempre de acordo com os interesses do rei e dos seus amigos. Aquilo que tinha sido uma conquista extraordinária transformara-se numa nova forma de dominação. A luta não tinha terminado. Era preciso recomeçar. A grande lição era esta: NUNCA SE VENCE DEFINITIVAMENTE; a dominação e a exploração têm muitos rostos, artes e manhas. É preciso não "adormecer", é preciso manter vivo o espírito de vigilância crítica, a capacidade de reconhecer o perigo que constituem a habilidade e o poder do inimigo.
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Acho que estraguei a história, a bela história do meu amigo e do seu simpático e heróico Combo-Hito. Mas se os filhos dele perceberem porque se passa o que se passa no ensino; se compreenderem porque é que constitui para os trabalhadores e seus filhos uma necessidade fundamental a oportunidade de estudar e porque é que isso se lhes torna cada vez mais difícil e proibitivo; se eles ficarem com uma vaga ideia do que vai pela comunicação social; se lhes conseguir explicar de forma muito simples o que está a acontecer num certo país depois de uma festa muito grande e linda, com cravos vermelhos a florir em armas negras; se eles perceberem isso, julgo que perdoarão, um dia, áquele velho gordo e antipático a quem o pai insiste em chamar amigo, o ter-lhes estragado uma história linda que terminava bem, acrescentando-lhe por sua conta um «POR FAVOR, PROSSIGAM. A HISTÓRIA NÃO ACABA AQUI!»
1 Comments:
Você anda a lutar contra moínhos de vento, meu amigo.
Não vê que o pessoal ficou todo programado pelos yakies?
Relaxe-se e beba umas bjecas!
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