«A informação é uma guerra, uma guerra entre modelos sociais. Entre os defensores de um mundo desigual, injusto, governado por depravados e autênticos terroristas que impõem a sangue e fogo um modelo económico que condena à morte milhares de pessoas em todo o mundo, e aqueles que decidem estar ao serviço dos grupos, movimentos, intelectuais e outros lutadores, que todos os dias arriscam a vida a defender outro modelo de mundo possível.»
Pascual Serrano - José Daniel Fierro

REFORMAS E BAIXAS MÉDICAS EM PORTUGAL - escândalos!

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COMER E CALAR! - até quando?


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quinta-feira, novembro 25, 2010

A pobreza de querer mais.

Está interiorizada a ideia de que o país tem de crescer. Obviamente e infelizmente o termo crescimento remete para a produção nacional e não para a moral (solidariedade, amizade, amor, etc) ou para o conhecimento (cientifico, artistico, etc). Entende-se assim que o fim é crescer. Para quê ? Bem, essa é a questão esquecida. A ausência de resposta legitima uma resposta ainda mais estúpida: para crescer ainda mais. Concluo assim que o materialismo puro e duro é o fim em que se está a tornar a sociedade. Crescer para ter. Ter para consumir. Consumir para ser. Esta pescadinha de rabo na boca de pouco nos vale. Trocam-se assim valores por coisas. O proletariado, classe operária, ou lá o que isso seja, que em tempo lutou por melhores condições de vida e de trabalho, vendeu-se agora ao capital que tanto criticava. Antecipa a sua produção duma vida interinha para poder consumir no imediato, através de empréstimos, um carro, uma casa, electrodomésticos, umas férias, etc. Claro que tem esse direito. Claro que tem o livre arbítrio de "gozar" a vida como os "ricos". A questão que se coloca é : A que preço ? Bem, o preço será pago mais tarde ou mais cedo. Mais tarde, quando na velhice a palavra "luta" servir apenas para se juntar à palavra "doenças", "dor" e "solidão". A falta de energia fará com que os velhos pseudo-anarco-revolucionários anestesiados se tornem em carne humana podre nos antros de um qualquer lar privado de uma seguradora qualquer (na melhor hipótese). Mas o preço a pagar pode vir também mais cedo. Quando o seu salário tiver de ser chamado para pagar (antecipadamente) o que (ainda) não se produziu. O povo, como um junkie, faz parte do problema. Como uma droga, os empréstimos fizeram-no esquecer quem era e o que faz aqui. E agora os empréstimos só servem para pagar outros empréstimos. Rapidamente chega a ressaca. Na falta de "guito" culpa-se o dealer. O dealer apela ao dealer mundial para que nos leve para um centro de recuperação sob pena de se perder um bom cliente. Espero que após a recuperação consigamos entender que não interessa o PIB crescer. Interessa ser livre, sem "drogas", preocuparmo-nos mais com os outros, com o amor, a solidariedade. E se para isso o preço a pagar for ser mais "pobre" paguemos. Eu estou disposto a pagar por isso porque estou farto ver tantos políticos a "arrumar carros" com jornais.

quarta-feira, novembro 03, 2010